Alerta: USDA reduz projeções de safras e expõe vulnerabilidade da soberania alimentar
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reviu para baixo as estimativas de produção de soja e milho para 2025/26, sinalizando possíveis impactos na segurança alimentar global. As reduções nas projeções destacam a urgência de políticas de fortalecimento da soberania alimentar.
Plantação de soja nos Estados Unidos: reduções nas estimativas de safras alertam para vulnerabilidades na segurança alimentar global
Departamento de Agricultura dos EUA revisa para baixo estimativas de produção de grãos essenciais
Em um cenário que demanda atenção para a segurança alimentar global, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentou uma revisão preocupante das estimativas de produção de grãos fundamentais para 2025/26.
Impactos na produção de soja
A projeção para a safra de soja sofreu uma redução significativa, passando de 118,13 milhões de toneladas para 117,99 milhões de toneladas. Esta diminuição, ainda que aparentemente modesta, pode ter implicações importantes para os mercados globais e a segurança alimentar.
Cortes na produção de milho
A situação do milho apresenta um cenário ainda mais desafiador. O USDA reduziu sua estimativa de 401,83 milhões de toneladas para 398,91 milhões de toneladas - uma queda que supera as expectativas dos analistas de mercado e levanta questões sobre a estabilidade do abastecimento mundial.
Trigo: única perspectiva positiva
Em contraste, a produção de trigo apresentou uma projeção mais otimista, com um aumento de 52,29 milhões para 52,50 milhões de toneladas. Este é um dos poucos indicadores positivos em meio a um cenário geral de reduções.
Implicações para a soberania alimentar
Estas revisões nas estimativas de produção dos EUA evidenciam a necessidade urgente de fortalecer políticas de soberania alimentar, especialmente em países em desenvolvimento. A dependência excessiva da produção norte-americana expõe vulnerabilidades sistêmicas no abastecimento global de alimentos.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.