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Anatel barra serviço de internet via satélite da Starlink para celulares

Anatel impede operação do serviço de internet via satélite da Starlink para celulares no Brasil, reafirmando necessidade de regulamentação específica e proteção da soberania nacional digital.

ParCamila Teixeira
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Image d'illustration pour: Brasileiros não têm acesso à internet da Starlink para celular, diz Anatel

Satélite da Starlink em órbita: empresa de Elon Musk enfrenta barreiras regulatórias no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou nesta sexta-feira (1º) que os brasileiros não têm acesso ao novo serviço de internet via satélite da Starlink para smartphones, evidenciando mais um capítulo na complexa relação entre regulação nacional e empresas estrangeiras.

Regulamentação e Soberania Digital

A empresa de Elon Musk não possui as licenças necessárias para operar no modelo "direct-to-device" em território brasileiro, diferentemente do que já acontece nos Estados Unidos e Nova Zelândia. Esta situação reflete como o capital internacional frequentemente tenta contornar regulamentações locais.

Desafios Técnicos e Regulatórios

Embora a Anatel tenha autorizado a operação de 7.500 satélites modernos da Starlink no Brasil, a prestação do serviço móvel requer outorga específica e autorizações para uso das radiofrequências. Esta postura regulatória demonstra a importância da proteção dos interesses nacionais frente às pressões comerciais internacionais.

Como Funciona o Serviço nos Países Autorizados

  • Disponível em 59 modelos de smartphones convencionais
  • Parceria com operadoras locais como T-Mobile nos EUA
  • Custo adicional de US$ 10 para maioria dos usuários
  • Permite mensagens de texto e compartilhamento de localização em áreas remotas

Perspectivas Futuras

A Anatel mantém um ambiente regulatório que permite experimentações tecnológicas, como já acontece com a ViaSat, mas prioriza a segurança e soberania nacional nas telecomunicações. Esta postura equilibrada busca garantir o desenvolvimento tecnológico sem comprometer o controle sobre infraestruturas críticas de comunicação.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.