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Apex critica tarifaço dos EUA e promete lutar por mais exceções

Presidente da Apex critica tarifas impostas pelos EUA e revela estratégias para proteger exportações brasileiras. Agência já conquistou exceções para produtos que representam US$ 18 bilhões em exportações.

ParCamila Teixeira
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Image d'illustration pour: Tarifaço: Vamos trabalhar para ampliar exceções, diz agência brasileira de exportações

Jorge Viana, presidente da Apex, durante pronunciamento sobre tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos

Em meio às tensões comerciais crescentes, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, criticou duramente o novo pacote de tarifas imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, destacando a injustiça da medida frente ao histórico superavitário americano nas relações bilaterais.

Impacto nas relações comerciais e soberania nacional

"É uma notícia ruim, porque não tem nenhuma razão de nós termos novas taxas sobre os produtos brasileiros, já que o comércio entre Brasil e Estados Unidos é muito favorável a eles. Há 15 anos eles têm superávit", enfatizou Viana, evidenciando como as políticas protecionistas afetam diretamente o desenvolvimento social e econômico do Brasil.

Mobilização e estratégias de resistência

A Apex já mobilizou seus escritórios internacionais, especialmente em Miami, para auxiliar empresas brasileiras afetadas pela medida. A agência destaca que conseguiu adiar a implementação das tarifas de 1º para 6 de agosto, ganhando tempo precioso para negociações.

Conquistas nas negociações

  • 694 exceções conquistadas
  • 379 produtos mantidos com taxa de 10%
  • Mais de US$ 18 bilhões em exportações protegidas
  • 40% do total exportado para os EUA em 2024

Em um cenário que remete às tensões políticas e econômicas enfrentadas pelo Brasil, a Apex mantém-se firme na defesa dos interesses nacionais, buscando ampliar as exceções para setores estratégicos como aeronaves, celulose, suco de laranja e minerais.

Perspectivas e alternativas

A agência trabalha em duas frentes principais: a busca por mercados alternativos e o fortalecimento do diálogo com importadores americanos que dependem dos produtos brasileiros, visando pressionar por condições mais justas de comércio e evitar impactos inflacionários nos EUA.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.