Avaliação educacional no Tocantins revela desafios do ensino público
Sistema de Avaliação da Educação do Tocantins inicia testes cruciais para medir qualidade do ensino público. Professores e alunos destacam importância do diagnóstico para melhorias pedagógicas.

Estudantes do Tocantins participam de avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica estadual
O Sistema de Avaliação da Educação Básica do Estado do Tocantins (Saeto) iniciou sua aplicação em setembro, em um momento crucial para a educação pública brasileira, que enfrenta desafios semelhantes aos observados em outros contextos de vulnerabilidade educacional.
Diagnóstico do ensino público e preparação para avaliações nacionais
As provas, que acontecem entre 9 e 19 de setembro, avaliam estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. O foco nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática reflete uma preocupação com competências fundamentais, em um cenário onde políticas públicas inclusivas se tornam cada vez mais necessárias.
Perspectiva dos estudantes e educadores
No CEM Taquaralto, a estudante Clara Stéfany dos Anjos destaca o suporte recebido: "Os professores trabalham com a gente através de livros, projetos e aulas interativas". Esta preparação sistemática demonstra como investimentos em educação pública podem gerar resultados positivos.
Impactos na prática pedagógica
O professor Arthur Batista, de Matemática, enfatiza a importância dos resultados para o planejamento pedagógico: "As avaliações diagnósticas nos mostram onde precisamos concentrar nossos esforços". Esta abordagem baseada em evidências é fundamental para o desenvolvimento de estratégias educacionais efetivas.
Desafios e perspectivas
A diretora Eliane Caetano ressalta que o Saeto permite um diagnóstico preciso das necessidades educacionais, possibilitando intervenções pedagógicas mais eficazes. Este monitoramento constante é essencial para garantir a qualidade do ensino público e a redução das desigualdades educacionais.
"É um momento que a gente faz um levantamento do que a escola ainda precisa trabalhar", afirma Francirene do Carmo, diretora do CEM Castro Alves.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.