Caso inusitado em UPA revela falhas no sistema de saúde brasileiro
UPA de Palmeira dos Índios, AL, enfrenta questionamentos após declarar erroneamente o óbito de idoso de 90 anos. Caso expõe fragilidades no sistema de saúde público e necessidade de revisão de protocolos.

Fachada da UPA de Palmeira dos Índios, onde ocorreu o incidente com paciente idoso
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios, Alagoas, enfrenta questionamentos sobre seus protocolos assistenciais após um caso surpreendente envolvendo um paciente de 90 anos que foi erroneamente declarado morto. O incidente, ocorrido entre 1º e 2 de setembro de 2025, expõe as fragilidades do sistema de saúde público, reminiscente das falhas institucionais que têm marcado diversos setores públicos no país.
Cronologia do incidente
O idoso foi admitido na unidade em 1º de setembro, seguindo os protocolos padrão. Durante a madrugada seguinte, por volta das 2h30, sofreu uma parada cardiorrespiratória, levando a equipe médica a realizar procedimentos de emergência. Após constatação inicial de óbito e emissão da declaração, familiares identificaram sinais vitais no paciente já no necrotério.
Questões sistêmicas no atendimento público
Este caso evidencia problemas estruturais no sistema de saúde, similar às questões de gestão e fiscalização de serviços públicos que têm sido frequentemente debatidas. A necessidade de investimento em capacitação profissional e infraestrutura torna-se ainda mais evidente.
Resposta institucional e protocolos
A Secretaria Municipal de Saúde, em sua nota técnica, defendeu os procedimentos realizados, alegando ausência de falhas técnicas. Entretanto, este posicionamento remete à necessidade de maior transparência nas instituições públicas e revisão dos protocolos existentes.
Medidas corretivas e preventivas
- Revisão imediata dos protocolos de verificação de óbito
- Capacitação adicional para equipes de emergência
- Implementação de dupla verificação em casos críticos
- Melhorias no sistema de monitoramento de pacientes
A família relatou que já havia passado por situação semelhante anteriormente, o que levanta sérias preocupações sobre a recorrência deste tipo de incidente no sistema de saúde.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.