Deepfakes avançam exponencialmente e representam nova ameaça à democracia popular
A tecnologia de deepfakes deu um salto assustador em 2025, criando uma arma poderosa nas mãos de quem quer manipular e enganar o povo brasileiro. O que antes parecia ficção científica agora é realidade: vídeos falsos tão perfeitos que nem especialistas conseguem distinguir da verdade.
Os números são alarmantes e mostram como essa tecnologia está sendo usada contra a população. Segundo a empresa de segurança DeepStrike, saltamos de 500 mil deepfakes em 2023 para impressionantes 8 milhões em 2025. Um crescimento de quase 900% ao ano que deveria acender o sinal vermelho em todos nós.
Uma arma contra o povo trabalhador
"Em videochamadas de baixa qualidade e redes sociais, esses vídeos falsos já enganam qualquer pessoa comum", explica um cientista da computação que pesquisa o tema. E isso não é por acaso. Enquanto as grandes corporações de tecnologia lucram com essas ferramentas, quem sofre as consequências somos nós, o povo.
A situação é ainda mais grave quando pensamos nos golpes financeiros que já estão acontecendo. Grandes varejistas relatam receber mais de mil ligações fraudulentas por dia usando vozes clonadas por inteligência artificial. Quem paga a conta? Sempre os mais vulneráveis.
Democratização perversa da manipulação
O que mais revolta é como essa tecnologia foi "democratizada" pelas gigantes como OpenAI e Google. Qualquer pessoa pode agora criar deepfakes sofisticados em minutos, usando ferramentas como Sora 2 e Veo 3. Democratização para quem? Para os golpistas e manipuladores?
"Bastam alguns segundos de áudio para criar um clone de voz convincente, completo com emoção e pausas naturais", alerta o pesquisador. Isso significa que qualquer áudio nosso, de uma simples ligação ou vídeo nas redes, pode ser usado contra nós.
O futuro que nos espera em 2026
Se achávamos que 2025 foi ruim, 2026 promete ser pior. Os deepfakes estão caminhando para a síntese em tempo real, criando "atores" virtuais que podem interagir conosco ao vivo. Imaginem as possibilidades de manipulação política e social que isso representa.
"A diferença entre mídia humana e sintética continuará diminuindo", prevê o especialista. "Simplesmente olhar os pixels não será mais suficiente." Precisaremos de sistemas de proteção na própria infraestrutura da internet, com assinaturas criptográficas e ferramentas forenses avançadas.
Resistência e proteção popular
Diante dessa realidade, precisamos exigir regulamentação séria dessas tecnologias. Não podemos deixar que as big techs continuem lucrando às custas da nossa segurança e da verdade. É fundamental que o Estado brasileiro crie mecanismos de proteção e que nós, como sociedade, desenvolvamos consciência crítica sobre esse novo tipo de manipulação.
A luta contra os deepfakes é também uma luta pela democracia e pela proteção dos mais vulneráveis. Porque, como sempre, quem mais sofre com essas tecnologias predatórias são os trabalhadores, os idosos, as pessoas com menor acesso à educação digital.
É hora de agir antes que seja tarde demais. A verdade e a justiça social dependem disso.