Desigualdade energética: MS tem tarifas 13% mais altas que média nacional
Estudo revela disparidade nas tarifas de energia em MS, onde famílias pagam 13% a mais que média nacional. Tecnologia surge como alternativa para democratizar acesso à energia sustentável.

Medidor inteligente instalado em residência do Mato Grosso do Sul para monitoramento de consumo energético
Em meio à crescente discussão sobre transição energética no Brasil, um cenário preocupante se desenha no Mato Grosso do Sul, onde famílias enfrentam tarifas de energia 13% superiores à média nacional, evidenciando a urgente necessidade de democratização do acesso à energia sustentável.
Impacto social das tarifas elevadas
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) revelam que a tarifa residencial no MS alcança R$ 0,878/kWh, significativamente acima da média nacional de R$ 0,778/kWh. Esta disparidade resulta em um custo adicional de aproximadamente R$ 20 mensais para famílias que consomem 200 kWh, agravando a desigualdade social em uma região já afetada por altas temperaturas.
Tecnologia como ferramenta de justiça social
Em resposta a este cenário, assim como outras iniciativas de democratização tecnológica, a LUZ implementou medidores inteligentes que utilizam inteligência artificial para monitoramento em tempo real do consumo. Esta solução permite que famílias compreendam e controlem melhor seus gastos energéticos.
Busca por alternativas sustentáveis
O estudo Futuro da Energia indica que 42% dos moradores do Centro-Oeste e Norte já consideram energia solar como alternativa, demonstrando como a democratização do acesso à tecnologia pode impactar positivamente comunidades tradicionalmente marginalizadas.
"O consumidor sul-mato-grossense enfrenta tarifas mais altas e calor intenso, o que pressiona a conta de energia", afirma Rafael Szarf, CEO da LUZ.
Expansão e impacto social
A empresa registrou crescimento de 30% em sua base de clientes no estado entre 2024 e 2025, atendendo 65 cidades. Campo Grande concentra 60,2% dos usuários, seguida por Dourados (9,5%) e outras cidades importantes do estado.
Perspectivas para redução de custos
O sistema promete economia superior a 20% através do sistema de compensação de energia, oferecendo uma alternativa para famílias em situação de vulnerabilidade energética.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.