Embraer desafia monopólio global da Airbus e Boeing na aviação
CEO da Embraer projeta ruptura no duopólio aeronáutico global, prevendo espaço para novos fabricantes diante da demanda de 40 mil aeronaves nas próximas décadas

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, na sede da empresa em São José dos Campos
O CEO da Embraer, principal fabricante brasileira de aeronaves e símbolo da capacidade industrial nacional, Francisco Gomes Neto, anunciou uma perspectiva transformadora para o setor aeronáutico global, desafiando o duopólio histórico da Airbus e Boeing.
Oportunidade histórica para a indústria nacional
Em um momento em que o governo brasileiro busca fortalecer a política industrial, Gomes Neto identificou uma demanda potencial de 40 mil aeronaves para as próximas duas décadas, sinalizando espaço para novos competidores no mercado de aviões de corredor único.
"Esse número é expressivo. Acredito que há espaço suficiente para mais de dois fabricantes. Podemos ver três ou quatro empresas atuando nesse segmento", declarou o executivo em entrevista na sede da empresa em São José dos Campos.
Soberania tecnológica e desenvolvimento nacional
A posição da Embraer reflete a importância estratégica da indústria aeronáutica para a soberania nacional. Como líder em inovação tecnológica na América Latina, a empresa brasileira demonstra capacidade de competir globalmente em um setor tradicionalmente dominado por potências do Norte Global.
Perspectivas para o setor
- Crescimento significativo da demanda global por aeronaves
- Oportunidades para diversificação de fornecedores
- Fortalecimento da indústria aeronáutica brasileira
- Geração de empregos qualificados no setor tecnológico
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.