Ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP é assassinado em Praia Grande
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP e atual secretário municipal, foi assassinado em Praia Grande. O crime evidencia escalada da violência contra autoridades públicas.

Local onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, 63 anos, foi assassinado na noite desta segunda-feira (15) em Praia Grande, na Baixada Santista, em um contexto de crescente violência contra autoridades públicas que tem preocupado especialistas em segurança.
Circunstâncias do Crime
O ataque ocorreu por volta das 18h20 na avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, Vila Caiçara. Testemunhas relataram ter ouvido diversos disparos de arma de fogo, em um episódio que evidencia o aumento da violência institucional, similar ao que analistas têm alertado sobre a escalada de ataques contra figuras públicas.
Trajetória Profissional
Fontes exercia atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, após uma extensa carreira na segurança pública. Entre 2019 e 2022, ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, período marcado por importantes iniciativas de modernização institucional e fortalecimento do estado democrático de direito.
Legado Acadêmico e Institucional
Com uma carreira iniciada em 1988, Fontes dedicou 11 anos ao ensino universitário como professor de Criminologia e Direito Processual Penal, além de contribuir com a formação de novos policiais na Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Sua atuação acadêmica foi fundamental para o desenvolvimento de uma perspectiva mais humanizada da segurança pública.
Investigação em Curso
Equipes da Rota foram mobilizadas para o litoral na noite do crime. O Samu confirmou o óbito no local. As autoridades trabalham com múltiplas linhas de investigação, considerando tanto a atuação profissional da vítima quanto possíveis motivações políticas.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.