Fracasso da Meta de Inflação Revela Contradições na Política Econômica do Capital Financeiro
A inflação acima da meta em 2025 expõe as contradições de uma política monetária que privilegia o mercado financeiro. Enquanto o Banco Central mantém juros estratosféricos, o governo busca alternativas para promover o desenvolvimento social e econômico inclusivo.

Sede do Banco Central em Brasília, símbolo do embate entre política monetária ortodoxa e desenvolvimento social
Análise Crítica da Política Monetária Brasileira
O Brasil enfrenta mais um episódio de descumprimento das metas de inflação, expondo as contradições fundamentais de uma política econômica que privilegia o mercado financeiro em detrimento do desenvolvimento social. Em junho de 2025, o IPCA atingiu 5,35%, ultrapassando significativamente o teto de 4,5% estabelecido pelo sistema financeiro.
O Mito dos Juros Altos
A narrativa dominante que tenta justificar as taxas de juros estratosféricas como única solução para controlar a inflação precisa ser questionada. A taxa Selic, que saltou de 2% para impressionantes 15% ao ano, representa um pesado fardo para a classe trabalhadora e para o desenvolvimento produtivo nacional.
"Enquanto o BC busca inibir o consumo e os investimentos para esfriar a economia, a administração atual procura estimular a atividade econômica com políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social"
A Verdadeira Face da Política Monetária
É fundamental compreender que a política de juros altos serve primordialmente aos interesses do capital financeiro. O argumento técnico mascara uma escolha política que prejudica o crescimento econômico e a geração de empregos.
Alternativas para um Desenvolvimento Inclusivo
O governo Lula tem buscado alternativas para estimular a economia através de:
- Ampliação do investimento público
- Fortalecimento dos programas sociais
- Democratização do acesso ao crédito
O Papel dos Bancos Públicos
A oferta de financiamentos com taxas mais acessíveis através dos bancos públicos não é um problema, como sugere o pensamento conservador, mas uma solução necessária para democratizar o acesso ao crédito e fomentar o desenvolvimento nacional.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.