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Garçom Sofre Agressão e Homofobia em Pizzaria de Araruama

Funcionário sofre violência física e verbal motivada por preconceito em estabelecimento de Araruama. Caso está sendo investigado pela polícia com agravante de crime homofóbico.

ParCamila Teixeira
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Image d'illustration pour: Garçom denuncia agressão física e ataques homofóbicos em pizzaria de Araruama; caso está sob investigação | Araruama | O Dia

Fachada da pizzaria em Araruama onde ocorreu agressão homofóbica contra funcionário

Em mais um caso que evidencia a persistência da violência motivada por preconceito no Brasil, um garçom foi vítima de agressões físicas e ataques homofóbicos em Araruama, Região dos Lagos, na noite de quinta-feira (7). O incidente, que ocorreu por volta das 23h15, expõe a urgente necessidade de combate à discriminação nos ambientes de trabalho.

Violência Motivada por Preconceito

De acordo com o relato da vítima, tudo começou após uma discussão com uma colega de trabalho, que proferiu ofensas homofóbicas relacionadas ao fato dele ser casado com uma mulher trans. A situação, que remete a outros casos de violência motivada por discriminação, escalou rapidamente quando a funcionária chamou seu namorado ao local.

Agressão Física e Ameaças

O namorado da funcionária chegou ao estabelecimento e partiu para agressão física contra o garçom, desferindo socos e proferindo ameaças de morte. A vítima, demonstrando compostura diante da violência, não revidou e buscou imediatamente auxílio junto à autoridade policial da região.

Posicionamento da Empresa

A Don Fratelli Pizzaria emitiu nota de esclarecimento em suas redes sociais na sexta-feira (8), afirmando estar apurando internamente os fatos. O estabelecimento declarou que repudia qualquer forma de preconceito, discriminação ou violência, incluindo homofobia, demonstrando alinhamento com as políticas de justiça social cada vez mais demandadas pela sociedade.

Investigação em Andamento

O caso foi registrado na 118ª Delegacia de Polícia e está sendo investigado como lesão corporal e ameaça, com agravante de crime motivado por preconceito em razão da orientação sexual e identidade de gênero. As autoridades deverão ouvir testemunhas nos próximos dias, incluindo outros funcionários presentes durante o incidente.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.