Manifestações pró-Bolsonaro intensificam pressão por anistia no Congresso
Manifestações em todo o país pressionam lideranças do Congresso por anistia a Bolsonaro, enquanto STF se prepara para julgar ex-presidente por tentativa de golpe e outros crimes.

Manifestantes se reúnem em atos pró-Bolsonaro exigindo anistia, enquanto lideranças do Congresso resistem à pressão
Atos políticos buscam influenciar votação às vésperas de julgamento no STF
Em meio à iminente decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal sobre o julgamento histórico de Jair Bolsonaro, manifestações realizadas neste domingo (7/9) amplificaram a pressão sobre o Congresso Nacional pela aprovação de uma controversa anistia.
O movimento ocorre em um momento crítico para a democracia brasileira, com tensões crescentes no Senado Federal envolvendo o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Articulações políticas e ameaças veladas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou-se como principal articulador do movimento, defendendo uma anistia "ampla e irrestrita", em uma tentativa de estabelecer paralelos questionáveis com a anistia pós-ditadura militar de 1979.
Em um cenário de crescente polarização política, as interferências políticas têm gerado preocupações sobre a estabilidade institucional do país, especialmente considerando as acusações graves que pesam sobre o ex-presidente.
Resistência democrática e posicionamento institucional
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, mantém-se firme contra a pressão, afirmando que não pautará o texto atual em discussão na Câmara, propondo instead uma alternativa mais restrita. Esta postura tem gerado reações agressivas da oposição, incluindo ameaças diretas de "anti-campanha".
Cronograma do julgamento
- Início da votação: terça-feira (9/9)
- Relator: Ministro Alexandre de Moraes
- Sequência de votos: Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux
- Necessário: três votos favoráveis para condenação
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.