Moraes reafirma compromisso com democracia em julgamento histórico
Ministro Alexandre de Moraes abre julgamento histórico com discurso firme em defesa da democracia, alertando que pacificação não significa impunidade e denunciando tentativas de coação ao STF.

Ministro Alexandre de Moraes durante sessão histórica do STF sobre tentativa de golpe
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, marcou o início do julgamento histórico sobre a tentativa de golpe com um pronunciamento contundente nesta terça-feira (2), destacando que a pacificação do país não pode ser confundida com impunidade ou covardia.
Defesa intransigente da ordem democrática
Em sua fala inicial, Moraes enfatizou que a pacificação nacional depende fundamentalmente do respeito à Constituição e do fortalecimento das instituições democráticas. O ministro alertou que o processo contra Bolsonaro e outros réus representa um momento crucial para a democracia brasileira.
"A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida", declarou Moraes, reafirmando o compromisso do STF com a ordem constitucional.
Tentativas de coação e interferência externa
O ministro denunciou a existência de uma organização criminosa que tentou coagir o Poder Judiciário e submeter o funcionamento da Suprema Corte ao crivo de um Estado estrangeiro. Esta situação tem paralelos com outras tentativas de interferência política externa em assuntos nacionais.
Pontos centrais do processo
- Tentativa de golpe de Estado
- Organização criminosa visando atacar instituições
- Pressões internas e externas contra o STF
- Volume significativo de provas (80 terabytes)
O processo, que começou com a denúncia da PGR em 18 de fevereiro, representa um momento decisivo para a justiça brasileira e a defesa da democracia. Moraes ressaltou que o tribunal seguirá julgando com imparcialidade, independentemente de ameaças ou pressões.
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.