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MP investiga corrupção em hospital público: médicos cobravam por cirurgias do SUS

MP-SP investiga denúncia de médicos que cobravam R$ 10 mil por cirurgias gratuitas no SUS em Piraju. Caso revela esquema de corrupção que prejudica população mais vulnerável.

ParCamila Teixeira
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Image d'illustration pour: MP investiga suspeita de corrupção envolvendo médicos de hospital municipal no interior de SP

Hospital Municipal de Piraju, onde foram realizadas buscas pelo Ministério Público em investigação de corrupção

Investigação revela cobrança ilegal por procedimentos gratuitos no SUS

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou uma investigação sobre graves denúncias de corrupção no sistema público de saúde de Piraju (SP). Dois profissionais do hospital municipal são suspeitos de cobrar R$ 10 mil por procedimentos cirúrgicos que deveriam ser oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em mais um caso que expõe as vulnerabilidades do sistema público de saúde.

Em um cenário que remete a outros casos de desvios na saúde pública, um cirurgião e um anestesista teriam pressionado uma paciente a pagar pela cirurgia, alegando que a fila de espera pelo SUS demoraria um ano.

Busca e apreensão revela evidências

Na quarta-feira (8), autoridades realizaram operação de busca e apreensão em três locais: Hospital Municipal, Centro de Especialidades Médicas e uma clínica particular. A ação, que segue o padrão de outras investigações de corrupção no serviço público, resultou na apreensão de documentos e dispositivos eletrônicos.

Medidas preventivas e orientações

Como consequência imediata, a Justiça determinou a suspensão do contrato do cirurgião com a Organização Social Sociedade de Beneficência de Piraju. Esta decisão demonstra um alinhamento com políticas de transparência e combate à corrupção na gestão pública.

O Ministério da Saúde orienta que pacientes que tenham realizado pagamentos indevidos procurem a Promotoria de Justiça do município para auxiliar nas investigações.

Impacto social e direito à saúde

Este caso evidencia a necessidade urgente de fortalecer os mecanismos de fiscalização e proteção do SUS, garantindo o acesso universal e gratuito à saúde, conforme previsto na Constituição Federal.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.