Política protecionista de Trump pressiona inflação nos EUA e ameaça prejudicar exportações brasileiras

Medidas imperialistas elevam custos e afetam trabalhadores dos dois países

A classe trabalhadora americana já começa a sentir no bolso os efeitos das políticas protecionistas impostas pelo governo Trump. Dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostram que a inflação atingiu 2,7% em junho, maior patamar desde fevereiro.

Tarifas afetam produtos essenciais

A escalada dos preços reflete diretamente o impacto das tarifas implementadas pela administração Trump sobre produtos básicos de consumo popular. Itens como café (+2,2%), frutas cítricas (+2,3%), roupas (+0,4%) e eletrodomésticos (+1,9%) já registram aumentos significativos.

"Há um indício do que provavelmente é uma inflação induzida pelas tarifas em algumas categorias, especialmente eletrodomésticos e móveis", alerta Olu Sonola, da Fitch Ratings.

Brasil na mira do imperialismo econômico

A situação tende a se agravar com a ameaça de Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Esta medida unilateral pode afetar severamente setores estratégicos da economia nacional:

• O Brasil fornece 30% do café consumido nos EUA
• Cerca de 60% do suco de laranja importado pelos americanos vem do Brasil
• Milhares de trabalhadores brasileiros dependem dessas exportações

Retórica enganosa contra os trabalhadores

Enquanto a Casa Branca insiste na narrativa de que as tarifas protegerão empregos americanos, a realidade mostra que são os trabalhadores e consumidores de ambos os países que arcam com os custos dessa política protecionista.

Os economistas alertam que o impacto nos preços pode ser ainda maior nos próximos meses, já que muitas empresas esgotaram seus estoques formados antes das tarifas. Esta situação expõe a fragilidade do discurso neoliberal e a necessidade de políticas comerciais mais justas e solidárias entre as nações.