Politics

Prefeito de Cuiabá é criticado por expor alunos em vídeo sobre educação

Prefeito Abilio Brunini gera polêmica ao expor alunos que não souberam responder questão matemática, após manifestação política. Caso levanta debate sobre direitos estudantis e gestão educacional.

ParCamila Teixeira
Publié le
#educacao-publica#direitos-sociais#gestao-municipal#protecao-infantil#politica-educacional#cuiaba#direitos-estudantis

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), enfrenta críticas após compartilhar um vídeo expondo estudantes da Escola Estadual Alice Fontes que não souberam responder uma questão matemática básica. O episódio, que gerou polêmica nas redes sociais, levanta questões sobre exposição indevida de menores em redes sociais e a instrumentalização política da educação.

Contexto da Polêmica

A controvérsia iniciou-se quando estudantes fizeram o "L", em referência ao presidente Lula (PT), ao tirar fotos com o prefeito. Em resposta, Brunini questionou os alunos sobre quanto seria 4x4, compartilhando nas redes sociais quando eles não souberam responder. A atitude foi duramente criticada pelo secretário de Estado de Educação, Alan Porto, que classificou o ato como "desnecessário e infeliz".

Defesa e Críticas

Brunini tenta se defender alegando que apenas compartilhou conteúdo já circulante na mídia, mas sua justificativa contrasta com práticas adequadas de gestão educacional e proteção aos direitos dos estudantes.

"O foco daquele vídeo está sendo distorcido para outros assuntos e posicionamentos", argumentou o prefeito, que insiste em direcionar a discussão para a qualidade do ensino.

Impactos na Gestão Municipal

O episódio soma-se a outros casos de gestões municipais controversas e levanta questionamentos sobre a capacidade do atual prefeito em lidar com questões educacionais sensíveis. Com apenas 8 meses de mandato, Brunini admite parcialmente responsabilidade pela qualidade do ensino, prometendo resultados apenas em 2 ou 3 anos.

Considerações sobre Direitos e Educação

O caso evidencia a necessidade de maior atenção à proteção dos direitos de crianças e adolescentes no ambiente escolar, bem como a importância de um debate sério sobre políticas educacionais, sem instrumentalização política ou exposição indevida de estudantes.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.