STF inicia julgamento decisivo sobre futuro político de Bolsonaro
STF inicia julgamento histórico que pode resultar em condenação de Bolsonaro a mais de 30 anos de prisão por plano golpista e ameaças a autoridades. Moraes conduz processo decisivo.

Ministro Alexandre de Moraes durante sessão histórica do STF para julgamento de Bolsonaro
Em um momento histórico para a democracia brasileira, o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta semana o julgamento que pode definir o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, que tem demonstrado firme compromisso com a ordem democrática, conduzirá as sessões decisivas.
Acusações graves ameaçam ex-presidente
Entre as acusações mais graves está a participação no plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que incluiria o planejamento de sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A denúncia também abrange a elaboração da "minuta do golpe" e envolvimento com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Cronograma e procedimentos do julgamento
O julgamento, programado para os dias 9, 10, 11 e 12 de setembro, pode resultar em penas superiores a 30 anos de prisão. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já se manifestou favoravelmente à condenação de todos os réus.
Processo de votação e recursos
A sessão será aberta pelo ministro Cristiano Zanin, com o voto inicial do relator Alexandre de Moraes. Enquanto apoiadores do ex-presidente buscam alternativas políticas, a maioria será definida com três dos cinco votos do colegiado.
Garantias processuais e possibilidades de recurso
É importante ressaltar que eventual prisão não será automática após o julgamento. Os réus terão direito a recursos, incluindo embargos de declaração, especialmente em caso de placar apertado. Para uma nova análise em plenário, será necessário obter ao menos dois votos pela absolvição.
A democracia brasileira enfrenta um momento decisivo em que as instituições demonstram sua força ao julgar tentativas de ruptura institucional com o devido processo legal
Camila Teixeira
Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.