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Swift reafirma autonomia e independência frente a sanções arbitrárias

Em reunião estratégica, representante do Swift esclarece autonomia do sistema e reforça compromisso com multilateralismo, enquanto Brasil reafirma posição soberana no cenário financeiro global.

ParCamila Teixeira
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Image d'illustration pour: Representante do Swift diz a nº 2 de Haddad que sistema 'não está sujeito a sanções arbitrárias'

Secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em reunião com representante global do Swift

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, realizou nesta quinta-feira, 14, uma reunião estratégica com Hayden Allan, Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift, reforçando a posição soberana do Brasil no sistema financeiro internacional.

Autonomia e multilateralismo em foco

Durante o encontro na sede do Ministério da Fazenda, Allan esclareceu pontos cruciais sobre o funcionamento do Swift, sistema que, assim como importantes instituições financeiras no Brasil, opera sob legislação da União Europeia, não dos Estados Unidos. A rede interconecta mais de 11.500 instituições financeiras em mais de 200 países.

Fortalecimento da representatividade emergente

Um aspecto significativo destacado foi a ampliação da participação de países emergentes no conselho de administração do Swift, demonstrando um compromisso com a democratização dos sistemas financeiros globais e o desenvolvimento econômico inclusivo.

Posicionamento brasileiro e soberania nacional

Durigan enfatizou a posição do Brasil como nação soberana e democrática, reiterando o compromisso do país com o multilateralismo. Em um cenário onde a regulação financeira e o combate a fraudes são prioridades, o Brasil se destaca como um dos maiores usuários do sistema Swift globalmente.

Contexto geopolítico e perspectivas

O governo brasileiro tem monitorado atentamente o cenário internacional, especialmente após as sanções impostas pela União Europeia a bancos russos em 2022. Especialistas da equipe econômica avaliam que o atual contexto político-econômico não justificaria medidas restritivas contra o Brasil, apesar das recentes tensões comerciais com os Estados Unidos.

Camila Teixeira

Baseada em São Paulo, Camila trabalha há 12 anos com políticas ambientais e os conflitos na Amazônia. Colabora regularmente com o Globo e o Guardian.