Tarifas dos EUA sobre café e cacau brasileiros revelam desafios comerciais

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou uma análise crítica sobre a recente Ordem Executiva americana que, embora represente alguns avanços, mantém barreiras significativas aos produtos brasileiros, evidenciando a persistência de políticas protecionistas que afetam diretamente nossa soberania comercial.

Avanços limitados e impactos na economia nacional

Assim como observamos em outras áreas estratégicas, como na política de apoio aos produtores rurais, o setor exportador enfrenta desafios significativos. A celulose e o ferro-níquel tiveram alívio na tributação, mas produtos fundamentais da nossa pauta exportadora seguem prejudicados.

O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin destacou que, apesar do progresso para o setor de celulose, muito trabalho ainda é necessário para garantir condições mais justas de comércio, especialmente considerando que os desafios da economia digital se somam às barreiras tradicionais.

Impactos nas exportações brasileiras

• 23,3% das exportações (US$ 9,4 bilhões) sujeitas a tarifas específicas
• 41,8% (US$ 16,9 bilhões) com tarifa recíproca de 10% ou sem adicional
• 34,9% (US$ 14,1 bilhões) ainda enfrentam tarifa adicional de 50%

Resistência e soberania nacional

Esta situação reforça a importância de fortalecer nossa autonomia comercial, similar ao que fizemos historicamente em outros setores, como na resistência cultural e econômica que marca nossa história.

O MDIC ressalta que os dados são aproximados, baseados em códigos tarifários agregados ao nível de seis dígitos do Sistema Harmonizado, demonstrando a complexidade das negociações comerciais internacionais e a necessidade de uma postura firme na defesa dos interesses nacionais.