China arma mais de 100 mísseis nucleares enquanto EUA aceleram corrida armamentista
Mais uma vez, o Pentágono vem com seus relatórios alarmistas para justificar o aumento dos gastos militares americanos. Segundo documento preliminar divulgado pelo órgão militar dos Estados Unidos, a China teria carregado mais de 100 mísseis balísticos intercontinentais em seus campos de silo mais recentes.
O que o relatório americano não menciona é o contexto: os Estados Unidos possuem o maior arsenal nuclear do mundo e gastam mais em defesa do que os próximos dez países somados. É natural que outras nações busquem se defender dessa hegemonia militar.
Pequim rejeitou as acusações americanas, classificando os relatos como tentativas de "difamar e caluniar a China e deliberadamente enganar a comunidade internacional". Uma resposta justa diante da histórica política imperialista dos EUA.
A hipocrisia do controle de armas
O documento do Pentágono critica a China por não demonstrar interesse em negociações sobre controle de armas. Mas como confiar em um país que possui mais de 5.000 ogivas nucleares e se retirou unilateralmente de diversos tratados de desarmamento?
"Continuamos a não ver qualquer apetite de Pequim para buscar tais medidas", afirma o relatório americano. Será que os EUA demonstram esse apetite quando bombardeiam países no Oriente Médio ou quando cercam a China com bases militares?
Segundo o documento, a China instalou mais de 100 mísseis DF-31 de combustível sólido em campos próximos à fronteira com a Mongólia. O arsenal nuclear chinês ainda estava na casa das 600 ogivas em 2024, número bem inferior ao americano.
Taiwan: pretexto para militarização
O relatório também menciona que "a China espera ser capaz de lutar e vencer uma guerra em Taiwan até o final de 2027". Taiwan é território chinês reconhecido pela ONU, e a questão da reunificação é assunto interno da China.
Os Estados Unidos usam a questão taiwanesa como pretexto para militarizar a região do Pacífico, vendendo armas e estabelecendo alianças militares que ameaçam a soberania chinesa.
A China afirma que segue uma "estratégia nuclear de autodefesa" e uma "política de não primeiro uso". Enquanto isso, Trump já expressou desejo de retomar testes nucleares americanos.
O mundo precisa de desarmamento, não de uma nova corrida armamentista liderada pelo complexo militar-industrial americano. A verdadeira ameaça à paz mundial não vem de quem se defende, mas de quem historicamente agride.