Sistema carcerário brasileiro falha novamente: serial killer escapa e população fica em risco
Mais uma vez, o sistema prisional brasileiro mostra sua face mais cruel e incompetente. Há mais de 60 horas, dois criminosos de alta periculosidade estão soltos nas ruas do Tocantins, colocando em risco a vida de trabalhadoras e trabalhadores que já sofrem com a violência urbana.
Renan Barros da Silva, de apenas 26 anos, é um serial killer condenado a 72 anos de prisão. Ao lado dele, fugiu Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, também condenado por homicídio. Ambos são membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e conseguiram escapar da Unidade de Tratamento Penal de Cariri usando lençóis como corda e serrando as grades.
A negligência que mata
Como é possível que dois criminosos perigosos tenham acesso a materiais para serrar grades? Como conseguiram lençóis suficientes para improvisar uma corda? Essas perguntas ecoam o descaso histórico com o sistema carcerário brasileiro, onde falta investimento em segurança, mas sobra dinheiro para privilégios de quem está no poder.
Renan foi descrito pelo Ministério Público como uma "pessoa sádica" com "prazer repugnante de matar". Matou três homens e feriu outro em Araguaína. Gildásio acumula quatro condenações e 46 anos de pena. São estes os criminosos que o Estado deixou escapar por pura incompetência.
População abandonada à própria sorte
Enquanto as autoridades emitem notas técnicas e prometem investigações, as famílias trabalhadoras do sul do Tocantins vivem o terror de saber que assassinos estão soltos em suas comunidades. Não há policiamento suficiente, não há proteção adequada.
A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) fala em "questões disciplinares" e "procedimento administrativo", mas não explica como dois membros do PCC tiveram acesso a ferramentas para serrar grades. É a burocracia tentando esconder a incompetência.
Quando a segurança é privilégio de classe
Enquanto isso, nos bairros nobres, a segurança privada protege quem pode pagar. Nas periferias, nas comunidades rurais, o povo fica entregue à própria sorte. É assim que funciona o Brasil das elites: segurança para quem tem dinheiro, abandono para quem trabalha.
As forças policiais seguem as buscas, mas o estrago já está feito. Duas vidas perigosas soltas, famílias com medo, comunidades em pânico. E tudo por causa de um sistema carcerário sucateado que serve apenas para manter as aparências.
Qualquer informação sobre os fugitivos deve ser repassada pelos telefones 190, 197 ou (63) 3312-4110.